Sunday 15 February 2009

JEEVES DISAPPROVES !!!


SNOBBERY ? ! ?


TARTAN





























































































As "mantas" em lã existem desde tempos imemoriais nas "Highlands".
No entanto durante os séculos elas com as suas cores especificas estavam ligadas a regiões, e às cores naturalmente disponíveis nessas regiões ... a ideia dos clãs associados a um "xadrez" especifico surge do Scotish Revival romântico e do Séc. XIX.
O reforço deste processo de identificação dos clãs com um motivo de xadrez especifico, toma lugar quando como reacção à proibição do uso de tartans com o Dress Act de 1746, onde se isentavam dessa proibição os regimentos militares e os nobres.
Esta proibição surge do facto de os tartans simbolizarem o apoio dos clãs à causa Jacobina.
Esta proibição foi banida em 1782. Logo de seguida associações de proprietários e da "Gentry" escocesa começaram a promover fortemente o uso do vestuário escocês tipico das "Highlands" com os seus "Kilts" e Tartans.














A sistematização dos motivos de Tartans iniciou-se fortemente depois de em 1770, William Wilson & Sons de Bannockburn se ter transformado na firma responsável pelo fornecimento de fardas para os regimentos militares escoceses, estudando através dos seus agentes locais os diversos motivos dos tecidos escoceses, e obtendo assim uma variedade superior a 200 motivos. A colecção de retalhos de Wilson foi oficializada quando ele os reuniu na chamada Cockburn Collection entre 1810 e 1820.













Mas foi a visita do Rei George IV a Edimburgo em 1822 em pleno movimento do "Scotish Romantic Revival" representado por sociedades culturais seguindo os estímulos desencadeados pelas diversas obras de Walter Scott e pelos poemas "Ossian" de James Macpherson, que veio incrementar o uso do vestuário escocês em toda a Escócia e não apenas nas ilhas e nas "Highlands".
Vinte anos depois da visita de George IV , a Rainha Victória e o seu marido Principe Alberto de Saxe Coburg visitaram pela primeira vez as Highlands.
A partir daí nasceu um fascínio do casal real pela Escócia que veio a tomar importante forma depois da compra de Balmoral Castle em 1848.
O principe empenhou-se na decoração do Castelo em Scotish Revival, depois de a arquitectura da sua recuperação ter sido encomendada no estilo revivalista "Scotish Baronial".
A ilustração da importância de Balmoral para a Família Real está bem patente no recente filme "The Queen".














Tuesday 10 February 2009

JEEVES & WOOSTER
















O meu pseudónimo "Jeeves"não foi escolhido ao acaso ...
Jeeves, que representa o arquétipo daquilo que costumamos generalizar como o "Mordomo Inglês"foi crido de forma sublime por P.G.Woodhouse.
Tal como em todas as histórias que pretendem exagerar de forma excêntrica e cómica os carácteres dos seus protagonistas, Jeeves foi criado em polarização complementar com o seu "patrão" Bertie Wooster.
Jeeves não é propriamente um mordomo mas um valet .... embora com características muito especiais.
Assim um mordomo refere-se à gestão do serviço de uma casa (Majordomo)
Um Valet (de Chambre) refere-se ao serviço da pessoa.
E que pessoa... pois Bertie é um aristocrata cabeça no ar, com grande talento para se envolver em trapalhadas constantes e com uma espontaneidade e inocência únicas das "Upper Classes".
Jeeves "brilha" constantemente pela forma efectiva, subtil e inteligente como salva o seu amo, produzindo simultaneamente soluções ardilosas e citando os grandes clássicos em momentos de grande erudição e clarividência.
Claro que Jeeves domina a vida de Bertie sem que ele se aperceba disso, mas nunca de forma explicita, mas apenas de forma implícita e subtil ...

Thursday 5 February 2009

HRH THE PRINCE OF WALES visita GIEVES & HAWKES , 1 SAVILE ROW




Estas imagens ilustram de forma admirável a preocupação pedagógica do Príncipe de Gales em passar a imagem de necessidade imperativa de proteger, apoiar e estimular a consciência do carácter único e da qualidade única da Alfaiataria Londrina, património Europeu insubstituível e inimitável.
Alguém imagina o Presidente da República de Portugal a fazer isto ?
Infelizmente não. Perto do Palácio de Belém existe uma pequeníssima e inalterada loja, mais parecida com a verdadeira loja do Pinóquio, o Sapateiro Barroso, agora depois da morte do Sr. Barroso, condenada ao desaparecimento.
Calçou gerações de cavaleiros e outros notáveis.
Se estivesse em Inglaterra ( ou outras Monarquias ) teria direito a três tabuletas de "By Appointement" na sua fachada.

Tuesday 3 February 2009

G.J.CLEVERLEY & CO.






































Este é sem dúvida um dos únicos concorrentes de John Lobb no "reino" dos "bespoke shoes".
A loja situa-se numa das deliciosas "arcades" de Londres ( sendo outro exemplo a Burlington Arcade perto de Savile row ).
Neste "post" junto a um "link" para visitar Cleverley & Co, 13 The Royal Arcade, 28 Old Bond Street, London, um outro, de autor desconhecido ao qual agradeço desde já, que nos permite um pequeno tour na Royal Arcade.
O processo de fabrico é em tudo comparável ao de Lobb. Seis meses de prazo de entrega desde a encomenda até entrega. Moldes esculpidos como esculturas anatómicas e também formas anatómicas "esculpidas" para conservar os sapatos que devem sempre usufruir de uma pausa depois de um dia de uso.
O preço de um par de sapatos anda à volta de 1.900 Libras ( ... ! ... ).
George Cleverley nasceu numa família de sapateiros em 10 de Agosto de 1898, e foi nesse contexto onde aprendeu a arte até ser recrutado, bastante novo, para a Primeira Guerra Mundial. Aí a sua formação foi aproveitada, trabalhando numa fábrica de botas para o exército em Calais, França.
Foi depois da guerra que iniciou a sua colaboração com Tuczek um sapateiro de alta qualidade fornecedor da Alta Sociedade, com estabelecimento em Clifford Street, Mayfair.
Ele manteve esta colaboração durante 38 anos, dirigindo o estabelecimento por muitos anos até 1958, ano em que fundou o seu próprio estabelecimento em, G.J.Cleverley na Cork Street, Mayfair, London.
Foi aqui que o seu trabalho se tornou uma lenda de qualidade na arte dos "bespoke shoes".
George Cleverley retirou-se do seu estabelecimento em Cork Street em 1976 e, depois de uma pequena passagem em parceria com Henry Maxwell em Savile Row, ele decidiu estabelecer uma nova parceria com John Carnera e George Glasgow.
Cleverley morreu em Maio de 1991 com a idade de 93 anos e como verdadeira lenda viva da Arte.
Os seus sócios, Carnera e Glasgow, continuaram o estabelecimento, assumindo o testemunho desta grande qualidade de execução.
Para visitar as Royal Arcades ver (autor desconhecido ) : http://www.youtube.com/watch?v=C7vWxuJuNGk